Era para ser apenas um meme.
Tudo começou quando dois dos filmes mais aguardados do ano anunciaram a data de lançamento para os cinemas em todo mundo, para o mesmo exato dia. E a internet explodiu.
Foi então no dia 21.07.2023 que culminou este fenómeno chamado Barbenheimer. Consiste, portanto, na junção dos termos Barbie e Oppenheimer – as estrelas destes dois blockbusters que rapidamente se tornaram virais nas redes sociais pelas suas claras diferenças. Para começar, a Barbie – escrito e realizado pela brilhante Greta Gerwig – é um filme de comédia que aborda o mundo (nem sempre) cor-de-rosa da famosa boneca produzida pela Mattel. Já o Oppenheimer é uma longa-metragem inspirada na biografia do inventor da bomba atómica – J. Robert Oppenheimer – que traz consigo todo um peso histórico representado em tela pelo galardoado realizador Christopher Nolan.
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Barbie + Oppenheimer = Barbenheimer
À medida que se foi eliminando a “rivalidade” criada entre os dois filmes, foi surgindo uma onda de união entre estes dois mundos distintos (o mundo cor-de-rosa e o mundo a preto e branco) que sugeriu a todos os impactados por esta brilhante campanha de Marketing que vissem os dois filmes no mesmo dia (serão de cinema de mais de 5 horas).
Este fenómeno da internet atingiu níveis de alcance sem precedentes em todos os canais digitais e os resultados de bilheteira não desiludiram. Desde o lançamento, Barbie já arrecadou $351 milhões em bilheteira no EUA e $775 milhões a nível mundial, tornando-o assim no filme mais visto do ano e o fim-de-semana de abertura mais bem-sucedido de sempre no ranking de filmes realizados por mulheres. Já o filme realizado por Christopher Nolan atingiu $174 milhões nos EUA e $400 milhões a nível mundial. Em conjunto, somam mais de mil milhões de euros em vendas de bilhetes, em meras duas semanas.
É portanto o maior êxito de bilheteira, a nível mundial, desde o lançamento de Avengers: Endgame em 2019, sendo que desta vez foi atingido por duas películas nada convencionais, não pertencentes a nenhum franchising ou sequela de super-heróis.
Este sucesso foi ainda abençoado por um dos “Padrinhos” da história do cinema, Francis Ford Coppola, que afirmou que, apesar de não ter visto ainda nenhum dos filmes, “o facto de as pessoas lotarem as salas de cinemas para vê-los e de não serem sequelas nem prequelas, ou seja, verdadeiros casos únicos, é uma vitória para o cinema”.
